Os jogadores do time de paralisados cerebrais, o chamado futebol de 7, do IBDD –Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência, campeão brasileiro de 2009, lamentaram a eliminação da seleção brasileira da Copa do Mundo mas criticaram a postura dos jogadores na partida contra a seleção da Holanda.

Durante um jogo treino, na última quarta-feira, no campo de grama sintética do Aterro do Flamengo, os jogadores aproveitaram para por mais lenha na fogueira das críticas à seleção. Todos concordaram que faltou quase tudo ao time brasileiro no segundo tempo do jogo contra a Holanda: vontade, garra, liderança e equilíbrio emocional.

“Faltou vontade aos jogadores. No banco de reservas parecia que ninguém queria entrar no jogo", estranhou o zagueiro José Augusto, 38 anos.  Eles acreditam que a preleção do técnico no intervalo da partida pode ter contribuído para isso, inibindo o ânimo dos jogadores. Aliado a isso, faltou mesmo talento à seleção, na visão dos jogadores do time de futebol de 7.

O goleiro Alexandro de Souza, 33 anos, “Chilavert”, acredita na tese da paralisia geral do time brasileiro. “O Júlio Cesar deveria ter gritado ‘é minha’ para o Felipe Melo, na bola da cobrança da falta no início do segundo tempo”, observou Alexandro.

O atacante Pedro João, de 25 anos, acha que “faltou um jogador que fizesse a diferença, como o Ronaldinho Gaúcho”. Diferença que também foi notada pelo Wanderson Silva, “Robinho”, craque de 23 anos, escolhido o melhor jogador do mundo ano passado jogando pela seleção brasileira de futebol PC, no campeonato mundial na Holanda. “Eu teria lugar fácil nessa seleção”, ousa Robinho. Diferença que a Espanha poderá fazer na decisão da Copa do Mundo contra a Holanda, como prevê o técnico do IBDD e da seleção brasileira, Paulo Cruz.

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